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A escola dos Annales

Posted by Caroline Pires on 07:37 in , , , ,

Lucien Febvre e Marc Bloch
         O que diabos foi essa escola? Que nome estranho!!Foi a primeira coisa que eu pensei! Mas isso é algo que não vem ao caso! hehe
Este assunto foi algo que me prendeu a atenção de um jeito que posso dizer, de coração aberto, foi o tema que mais amei desde o tempo que iniciei no mundo, lindo e belo, acadêmico!! Mas deixando de lado a rasgação de seda, que é um tecido caro, vou discorrer sobre esse assunto!
        Como começou esta idéia de Escola dos Annales?
Lucien Febvre, um francês, logo após a primeira guerra mundial teve a brilhante idéia de criar uma revista dedicada a historia da economia que seria dirigida pelo magnífico historiador Henri Pirenne. Em conseqüência de alguns imprevistos, Lucien se viu obrigado a abandonar esta idéia por certo período de tempo.
Em 1928, Marc Bloch toma a iniciativa de ressuscitar os planos de uma revista e unido a Lucien criam a revista Annales d’histoire économique et sociale, ambos sendo diretores da mesma.A revista foi planejada, desde o início para ser bem mais do que uma revista histórica, eles tinham o desejo de criar uma liderança intelectual e abordar a história com um novo ponto de vista, uma abordagem interdisciplinar. Eles são as primeiras pessoas a lançarem fora a idéia positivista e mostrar que a história está ligada a outras áreas de conhecimento.

Fernand Braudel

           Mas este foi apenas o começo de uma grande história ! Existiram outras gerações e a segunda, a dar segmento, foi a era de Braudel.Mas por que cargas d’água esta segunda geração se chama era Braudel? Muito simples, porque ele foi a pessoa mais importante desta geração! Foi o segundo diretor da revista.
          Quando Braudel era um prisioneiro de guerra, na segunda guerra mundial usou o  tempo “livre” para escrever um livro chamado: O Mediterrâneo. Lá, ele conseguiu escrever em cadernos escolares comuns, e utilizando a memória já que ele não tinha acesso a bibliotecas, escreveu manuscritos que enviava a Febvre.
          Neste livro ele retrata muito bem a história política e militar. Mas estava longe de ser uma historia escrita de forma tradicional, o autor por vezes desvia seu caminho para “enfatizar a insignificância dos eventos e as limitações impostas à liberdade de ação dos indivíduos”.  
       Após a morte de Febvre, Braudel se tornou não apenas o mais importante historiador da França, como também o mais poderoso.


Grandes historiadores da 3º geração


Na terceira geração é difícil traçar um caminho como nas outras gerações, pois foi marcada por grandes mudanças intelectuais. O policentrismo permitiu a abertura para idéias vindas do exterior e permitiu a inclusão de novas temáticas. A terceira geração foi a única que inseriu mulheres em seu quadro. Abriu-se espaço para a história vista de baixo.
Mas o que é isso Carol?
A história vista de baixo é aquela que retrata não apenas a história dos grandes líderes políticos, ou da burguesia, mas sim das massas populares, daquele João da padaria que você julga ser tão insignificante. Trata-se de uma mudança do “porão ao sótão”! Há também, nesta geração, a inserção da micro-história, que estuda as partes, faz uma descrição detalhista e minuciosa do fato histórico e exerce uma grande influência sobre a historiografia. 

 Claro que isso não é o todo dessa história que rendeu bons livros, mas é uma parte sucinta e muito marcante pra mim. Tirei a maioria das coisas do livro do Peter Burke - A escola dos Annales. Encontra-se disponível em PDF aqui.
Espero que gostem.
Abraços, 
Carol



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